segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Quarto dia - Resistência - San Salvador de Jujuy









Depois de uma noite movimentada pela queima de fogos na "plaza" principal de Resistência, devido as comemorações de N.S. da Candelária e também por ser a primeira lua cheia do ano, pegamos a Rota Nacional 16 para cruzar toda a região do Chaco. Como não achamos uma "ëstacion de servicios" para abastecer os carros decidimos prosegir até Pres. Roque Saenz Penã. A estrada estava boa, a temperatura tambëm e o visual lembra um pouco o do pantanal mato grossense. Não vimos muitos bichos a exceção de algumas aves e de algumas cobras atropeladas na pista. Próximo a cidade de La Escondida vimos a indicação de 48 Km para o Parque Nacional "Chaco", logo depois abastecemos e começamos a constatar que o consumo esta aumentando, deve ser uma combinação de médias mais elevadas e da qualidade do combustivel.
Depois de Pres. Roque Saenz Penã a estrada começou a piorar um pouco e o tempo um pouco nublado estava dando um alívio na temperatura. Chegamos em Pampa del Inferno e paramos para as tradicionais fotos, juntos a placa de sinalização, com a temperatura amena de 35 graus e não os 52 informados pelo pessoal que encontramos no dia anterior em Resistência.
Seguimos para o próximo abastecimento em Monte Quemado, tempo nublado se foi e o calor chegou a quase 40 graus, no posto as sombras eram disputadas e a lanchonete com ar condicionado deva um refresco. As opçoes para lanche eram um pouco demoradas e partimos comendo papas fritas mesmo, um refrigerande mais ou menos gelado e um sorvete. Vamos em frente. A estrada foi piorando e nesta altura a paisagem já não lembrava o pantanal e sim o interior do Mato Grosso com suas fazendas de gado. A pobreza das cidades....... como Los Frentones, Rio Muerto, Pampa de Los Guanacos ainda antes de Monte Quemado e Toco Pozo, Tolloche e El Quebrachal nos dizem que a vida ali é difíci. Digno de registro é o número de borboletas que se chocam com o carro, fazendo com que a limpeza das grades e colmeias dos radiadores seja uma preocupação. Neste trecho a Land estava na liderança e fomos parados em um controle policial. Nada demais, pois só queriam saber de onde vinhamos e para onde iamos. Ficamos preocupados pois tinhamos adotado a postura de fechar bem o comboio, com a Land no meio, para não dar chance de algum policial voltar ao assunto quebra mato e guincho. No fim deu tudo certo e chegamos a Joaquin Gonzales com tempo de sobra para esticar até San Salvador de Jujuy, e com isso ficar com o quinto dia liberado para os passeios nas Quebradas de Humahuaca. Neste trecho nos impressionou a quantidade de bois reunidos em um lugar de confinamento ou coisa parecida. Paramos até para fotos. Mais uma parada para pipi stop em El Gapón, lanche só o do carro mesmo, o posto era tão tão que nem abastecemos. Compramos gelo e quem estava com geladeira pode melhorar a temperatura de suas bebidas.
Seguimos em direção a Jujuy e a estrada piorou bastante. Nesto ponto vamos acabar com o mito que as estradas argentinas são um primor. As que tem "peaje" são tão boas como as brasileiras e as que não tem são ruins como as tupiniquins também.
Ingressamos na RN9/16 e a pista passou a ser dupla e bem conservada, uma forte chuva nos pegou e reduzimos a velocidade mas foi por poucos minutos. Deixamos Salta pela esquerda e entramos no trecho final para Jujuy com a estrada apresentando um trânsito característico de turistas retornando de um fim de semana.
Chegamos a Jujuy por volta das 18:55 com a ajuda do GPS, que nos levou para o Hotel Augustus, o selecionado do dia. Hotel com boas instalações e garagem bem no centro da cidade. O preço depois de algumas negociações ficou em $ 212,00 por casal.
Só para completar seguem alguns pontos que me deixaram com a curiosidade aguçada. No trecho do Chaco a estrada não tem pontes, as vezes aparace água de um lado ou outro da estrada mas não com o deslocamento característico do nosso pantanal.
Outro ponto, visto já fora da Provïncia do Chaco, são os rios totalmente secos, com muitas pedras. No relato de amanhã devo ter as respostas.
Dados relativos ao quarto dia: Rodamos 852KM, com 01:29 de tempo de paradas e 09:22 rodando, nossa velocidade média foi de 78,3KM/H e a cidade de Jujuy esta 1299 metros acima do nível do mar.

Um comentário:

  1. "Las Maldivas son argentinas" é demais, né? As questões sobre o fluxo de águas do Pantanal também são intrigantes. Vc tem alguma foto que mostre essa água meio represada pela estrada e a ausência de pontes? A viagem está demais!! Ano que vem ou talvez no outro estaremos juntos no comboio!
    Beijos!!

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