quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sexto dia - Jujuy - San Pedro de Atacama



















































Partimos cedo para literalmente chegar ao ponto alto de nossa expedição. Logo na saída de Jujuy, talvez como um aperitivo do que estava por vir, um pico recoberto de neve nos chamava a atenção. Lembrei que no dia anterior ao sairmos para Humahuaca não reparamos o pico, pois o tempo estava nublado e até com alguma nevoa na estrada. Na verdade o que vimos foi que com o tempo aberto o visual ficou mais bonito ainda e percorrer o trecho até Purmamarca passou como uma novidade.
Depois de uma rápida parada em Purmamarca para o tradicional pipi stop, seguimos em frente com a estrada em ótimas condições mas com um aclive bastante acentuado. Em poucos quilometros saimos dos 2000m para chegar aos 4170m em uma estrada cheia de curvas de 180 graus. Logo no início a Nissan deu um susto, perdendo muita potência mas talvez fosse por causa de alguma sujeira no combustível pois ainda estavamos entre os 2500 e 3000m. Logo depois ela engrenou e todos prosseguiram sem problemas até o final, evidentemente sentindo um pouco quando cruzamos os 4800m.
Uma parada para as tradicionais fotos no topo, ainda no lado argentino, aproveitamos para comprar uns "recuerdos" com duas meninas em uma barraquinha. Ventava forte e temperatura caiu bastante para perto dos 13 graus.
Seguimos em frente e a próxima atração foram alguns vicunãs próximos a estrada, logo depois chegamos as salinas onde existe um retirada organizada de sal que seguem em grandes caminhões para argentina. Sinceramente deve ser uma aventura cada descida para os lados de Purmamarca.Depois das fotos e pipi stop seguimos viagem.
A paisagem vai se modificando mas a beleza nos surpreende a cada curva, o terreno é árido, com pouquissíma vegetação pois estamos na faixa dos 3000m mas os contrastes de cores nos chamam a atenção. É dificil acreditar que se consiga sobreviver em uma região assim, mas a presença das pessoas existe e podemos ver as rústicas habitações na beira da estrada. Algumas feitas totalmente de pedra nos locais mais altos ou de uma tijolo de barro, que lembra os do Jalapão no Brasil.
Depois de muito rodar chegamos a Susques, última cidade Argentina antes da fronteira. Abastecemos os carros em uma "estacion de servicios" que até para achar foi difícil pois só tem as bombas e pronto. Descemos um pouco para o "centro da cidade" e lanchamos umas empanadas fritas na hora. O "banõs" encontrado não merecem comentários.
Seguimos então para o último trecho argentino no trajeto e logo na saída da cidade, coisa de uns 2KM passamos por posto de abastecimento e lanchonete que dava de 1000 a zero na cidade toda. Ficamos com a simpatia da cidade e o aprendizado nas anotações.
A paisagem fica mais monótona pois a vegetação quase que desaparece por completa, estamos no altiplano andino, na faixa dos 3500m de altitude e só as montanhas ao longe modificam um pouca o a paisagem. Conseguimos ver algumas recobertas de neves mais de uma maneira geral estavam bem longe. Por vezes aparece um salar, pequeno em relação aos demais. Me surpreendeu a quantidade de quilometros que percorremos nesta situação. Enfim chegamos ao Paso de Jama onde abastecemos e lanchamos em um ótimo posto da YPF com o diesel saindo a aproximadamente R$ 1,50. Estavamos tranquilamente no lanche quando é dado o alarme. Esquecemos a bolsa com o dinheiro no hotel. Tem certeza? Quem saiu do quarto por último foi voce! Mas voce já não tinha levado tudo?
Quem entrgou a chave tinha que conferir se não deixou nada para tras. Tava armado o imbróglio. Do posto é feita uma ligação para o hotel em Jujuy para que procurassem no quarto. Será que ficou no quarto mesmo ou em algum pipi stop eventual. Não teve jeito e desceu tudo da Nissan até que ......... A bolsa foi achada.
O alívio foi geral pois retornar 400Km de volta era inviável e teriamos que alterar alguma coisa na saída de San Pedro de Atacama.
Tramites burocráticos na fronteira, coisa de 30 a 40 minutos e lá fomos nós para a fronteira Argentina-Chile e os 160 Km finais. Impressinante como o visual vai ficando cada vez mais belo e notamos algumas alterações nas sinalização da estrada que continua ótima.
O relevo fica uma pouco mais acidentado e o terreno mais árido mas a beleza continua presente. Passamos pela Reserva Nacional Los Flamencos e por diversos salares, neste trecho começamos novamente a subir, subir e subir até chegarmos aos 4835 metros de altitude. Paramos para fotos e o frio aliado ao vento bem forte nos avisou que ali não era lugar de brincadeira.
Já tinhamos percorrido aproximadamente 100 Km quando vimos uma viatura da polícia na estrada mas os guardas nos mandaram proseguir sem parar. Começamos então uma descida lá dos 4500M ate os 2500M de San Pedro de Atacama de uma forma bem diferente do que a subida pois não existem muitas curvas fechadas e a descida não é ingreme. Algumas placas indicam saídas de emergência e a princípio não entendi até chegar na primeira e ver que se tratava de uma saída para área de piso totalmente fofo, permitindo a parada de um veículo em dificuldade. Mais adiante estava um onibus argentino atolado em uma dessas saídas.
Finalmente depois de mais de 10 horas de jornada chegamos a aduana/imigração chilena já em San Pedro. No inïcio não entendemos direto a manobra mas depois tudo se acertou o fomos rapidamente liberados.
Pegamos algumas informações sobre hospetagem e fomos procurar mas a cidade embora pequena é confusa para quem esta chegando. No primeiro hotel a diária de U$$ 270,00 (DOLARES AMERICANOS) nos assustou um pouco pois ficaremos três dias. Procura daqui, procura dali achamos um HOSTAL (Pousada) a $36.000,00 (PESOS CHILENOS) que equivalem a 70 dolares. Tudo resolvido e instalados, jantamos bem no próprio hostal (Residencial D. Raul) e fomos descansar pois a batida anda intensa.
Amanhã tem mais.

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